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Agonia... Solidão

Agonia... Solidão

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Quarto Sonho (in Memorian)

Anunciação

Surge das chamas..., das águas;
Feito fera à espera da presa;
Na prudência e na placidez;
A harmonia nova dos dias;
Tornando férteis as terras;
Dos mil corações áridos;
Que agora se manifestam;
Exalando perfumes de juventude;
E despontando sonhos de paixão.

Revelação

Faz-se agora real e imediata;
Ainda que duvidosa... Sem nexo;
Na incredulidade dos meus olhos;
Cegos pelo antigo barbarismo;
E vem... Calmo e fugaz;
Este novo velho sentimento que aflora;
Nestes instantes de tolice juvenil;
Acuando a sanidade em enorme ardil;
Que ferre... Tortura... Delicia.

Sonho

São tantos os sonhos;
Que de fato perco;
A conta das horas que me coloco;
A viajar inerte pelo acaso;
Da instância fúlgida a percorrer;
Minhas veias tornando-me sol;
E me fazendo crer novamente;
Que no fundo ainda sou humano.

Solidão

Correm as águas pelo chão;
Se da alma verte o rio;
No alto do coração o frio;
A olhar a imensidão;

Dos mil céus moribundos;
Com milhões de estrelas solitárias;
Tão juntas... Mas nunca próximas;
Dos amores mais profundos;

Moradores das sombras dos sonhos;
Onde o céu e o inferno se encontram;
Mas estranhamente não se digladiam;

Por saberem que sua luta é sem causa;
Aconchega-se em sua alma tensa;
Jogando ao chão sua espada e sua lança;

Pesadelo

Olho para o teto... Perdido;
Na maldição da insônia que precede;
A ânsia sombria dos pesadelos;
Que insistem em me visitar todas as noites;
Quando os olhos se fecham;
E eu começo a ver fantasmas;
As quatro vozes que neste corpo habitam;
E se durmo;
Dorme em meus olhos;
O desejo confuso... Mas real;
Dos homens aprisionados à sua noite...;
Ao seu pesadelo de velar;
O rosto ausente dos amores sonhados;
Desde as estações da juventude;
E que ainda fazem brotar nos olhos;
As lágrimas suntuosas;

Morte

Não vermos mais;
Por certo, as auroras mornas;
Carregadas de fogo e paixão;
Onde o acaso das nuvens;
Transformava-se em formas;
Ainda que vagas e surreais;
No lampejo dos olhos sonhadores;
A imaginar mundos em gotas de chuva;
Caindo como lágrimas de um céu;
Que chora feito criança mimada;
Que perdeu seu brinquedo;

Morrem os dias, impassíveis;
Nestas tardes melancólicas;
Onde não se vê cor;
Paixão ou mero afeto;

E segue, sem par;
E ainda assim tão igual;
Ao que já vi ontem;
Em minhas outras vidas;

Lembrança

Se choro feito criança;
Se proclamo seu nome aos ventos;
É por que ainda te guardo;
No átrio sagrado e cansado;
De meu coração fraco e moribundo;
Que insiste em pulsar;
Frenético e descompassado;
Quando da lembrança dos sorrisos;
Vertem lampejos da insanidade;
Das paixões verdadeiras e puras
.

Genesis