Autor:Augusto Peixoto
POESIA FÚNEBRE
Mão servil que o ventre da terra;
Cava.. .A vala além das raízes;
Ao calar da boca os dizeres;
As súplicas de ajuda que espera;
Derrama-se a terra sobre a púrpura urna;
Onde jaz o coração de poeta;
Antes morto que a própria carne;
Que dia a dia em sua melancolia se afunda;
Mas é, em verdade teu corpo caixão;
Teu quarto a tua cova;
A cantiga fúnebre a tua trova;
A ressoar na indiferença;
Dos seres que enterram tua herança;
Teu espírito transbordando de paixão.
Fernando de Souza Castro.
28/03/04
3 comentários:
MUITO BOA BRAVO!!
Eu sou Yehrow, vizinho do Recanto das Letras. Considero sua poesia extremosa e funérea, uma obra prima. Uma analise crítica e analítica das condições limitantes do homem e do poeta. Parabéns! Se houver tempo entre uma divagação e outra, passa lá, faça uma visita. Deixa seu comentário, para mim, será um prestígio inusitado e muito bem vindo.
Facilitando seu acesso.
http://www.recantodasletras.com.br/autores/Yehrow
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