Autor:Joana Reis
Questões
Que serás agora;
Se de tua alma sou privado;
E desperto da vida à um pesadelo;
Inato de minha gênese soturna...;
Profunda em sombras cortantes;
Contra as quais lutei batalhas;
Eternas nos confins de outros corações;
Até não restar mais lágrima;
Pura a desmentir minha fachada;
De pedra envelhecida...;
Crivada menos pelo tempo;
Que pelas emoções pungentes;
Das quais me vejo escravo;
Atado a montanhas solitárias;
Tal como Prometeu à sua compaixão;
Deixou-se prender;
Onde foste...?
Quando minha glória se apagou;
E teus olhos por mim;
Já não mais brilhavam;
Onde criaste teu ninho...?
Depois que a tempestade cessou;
E tua morada se desfez aos prantos;
E rejeitaste o abrigo que lhe ofertei;
Onde repousaste tuas asas...?
Agora que minha morada não mais;
Condiz com teu sentimento;
Nem em forma... Nem em espírito;
Em que canto esquecido jogaste a amor?
Que um dia juraste em sorrisos...;
E imploraste em lágrimas...;
Que prontamente afaguei...;
Onde...? Quando...? Por que...?
Rejeitaste meu nome que teus lábios;
Tantas e tantas vezes sussurraram;
Cheios de alegria pura...;
Onde foste...?
Onde criaste teu ninho...?
Onde repousaste tuas asas...?
Onde guardaste meu amor...?
Jaci Paganini
28/10/07