Sopram os ventos...;
E no cais inflam-se as velas;
Das naus em suas jornadas;
E sopram os ventos..., quentes;
Mas que ainda assim gelam;
Os corações que no cais permanecem;
Sentindo o balançar dos cabelos;
Afagados pela brisa que parece;
Humilde em querer desculpar-se;
Por levar seus amores além mar;
Com a promessa de um dia retornar;
Dos mares bravios;
E das plácidas enseadas;
Para o abraço terno que suspira;
Ao ver o leito vazio e frio;
E onde antes havia beijos e amor;
Resta agora um travesseiro vazio;
E uma saudade que faz brotar as lágrimas;
A cada pôr-do-sol em que se espera;
Junto ao cais que o vento retorne;
Trazendo consigo que um dia partiu;
E não haja mais saudade;
Nem travesseiro vazio...
Genesis