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Agonia... Solidão

Agonia... Solidão

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

FUNERAL PARA UM AMOR


Vai destas terras aonde;
Tua mão não pode mais tocar;
Isso a que chamam dádiva;
De ser mais que em real é;

E segues... Perdido...;
Entre centenas de rumos;
Sem saber se há algum que leve;
Onde almeja o coração...;

Este que agora treme;
Ante cenas dantescas;
De ver sua chama morta;
Sem que nada se possa fazer;

E vê... E sente...;
Aquilo que tanto desejou;
Em sepulcro ser detido;
Golpe após golpe;

No íntimo supremo d’alma;
Que há tempos havia esquecido;
Que existe dor... E agora recorda;
Enquanto se abre a carne ainda viva;

Que se resume na própria terra;
Onde se abre a vala fúnebre;
Pronta a receber aquilo que mais valia;
Nisso a que chamam vida;

Onde se morre por viver...;
Por querer...;
Por ser...;
Por amar...;

Aquilo que nos agrada a fundo;
Da essência arredia... Tola...;
Que anseia ser compreendida;
Amparada em sua tolice.

Que leva ao pesado fardo;
De separar amor de ódio;
Sem saber realmente;
Diferenciar um do outro...;

Como se ambos fossem em si;
Ao mesmo tempo noite e dia...;
Fogo e água...;
Eu e você...;

Ambos atados à perplexidade;
À complexidade de um querer;
Que esvazia sua força a cada dia;
Quando adormece o sol;

E ressurge ao raiar da aurora;
Contemplativo e tênue...;
Cada vez mais..., cada vez mais;
Até não mais existir.

In Memorian de meu sonho perdido.
Que Deus tenha piedade de minha alma.

Genesis