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Agonia... Solidão

Agonia... Solidão

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Viagem da Alma



Viagem da Alma

Deixo-te agora com vagar;
Por essa estranha e profunda sensação;
De querer estar onde tu não podes;
Onde és proibido;

Não lamentes, pois é vão;
Lamuriar-se por aquilo que em momento não é;
Possível... Nem aceitável;
Para ti, meu corpo;

Não podes agora fazer-se presente;
Na morada que estimamos...;
Então deixe que eu... Feito alma;
Feito sonho... Alcance a quem nos faz viver;

Deixe que eu toque seu rosto por nós;
Deixe que eu afague seu cabelo por nós;
Só pelo fato de a desejarmos;
Só pelo fato de tocarmos os lábios;

Dessa mulher a quem tanto amamos;
E sentimos... E choramos... E sorrimos...;
Quando deitados nos víamos nus;
Em plena harmonia com o universo;

Como se nada mais importasse;
E tudo o quanto conhecíamos nada fosse;
Além de mera imaginação fútil;
A desviar nossos olhares;

Para além daquilo que realmente importa;
Para além da essência da criação;
Que nada mais é;
Do que saber amar... E saber que se é amado.

Jací Paganini
30/10 /07

Minha Criança... Minha Inocência

Foto:Goodbye
Autor:Marcio Farias

Minha Criança... Minha Inocência

Criança... Minha criança;
Quem és tu?
Com esse sorriso doce... Frenético;
De arco-íris de sonhos vindouros;

Que se apega ao rosto sujo;
Da terra que te afaga quando brincas;
Descalça e livre em tudo;
De preocupações mundanas;

Quem és tu de fato?
Anjo pequeno de olhos cristalinos;
A esboçar carícias ao vento;
Que se diverte com teu cabelo;

Revolto em ondulações delicadas;
Numa mistura de serenidade e alegria;
Que me aperta o peito;
E me faz derramar lágrimas de felicidade;

E me ver indefeso e carregado;
De inveja por não ser eu;
A ser livre e poder brincar;
Na companhia da inocência.

Jací Paganini
29/10/07

domingo, 28 de outubro de 2007

Questões

Foto:Entwined
Autor:Joana Reis

Questões

Que serás agora;
Se de tua alma sou privado;
E desperto da vida à um pesadelo;
Inato de minha gênese soturna...;

Profunda em sombras cortantes;
Contra as quais lutei batalhas;
Eternas nos confins de outros corações;
Até não restar mais lágrima;

Pura a desmentir minha fachada;
De pedra envelhecida...;
Crivada menos pelo tempo;
Que pelas emoções pungentes;

Das quais me vejo escravo;
Atado a montanhas solitárias;
Tal como Prometeu à sua compaixão;
Deixou-se prender;

Onde foste...?
Quando minha glória se apagou;
E teus olhos por mim;
Já não mais brilhavam;

Onde criaste teu ninho...?
Depois que a tempestade cessou;
E tua morada se desfez aos prantos;
E rejeitaste o abrigo que lhe ofertei;

Onde repousaste tuas asas...?
Agora que minha morada não mais;
Condiz com teu sentimento;
Nem em forma... Nem em espírito;

Em que canto esquecido jogaste a amor?
Que um dia juraste em sorrisos...;
E imploraste em lágrimas...;
Que prontamente afaguei...;

Onde...? Quando...? Por que...?
Rejeitaste meu nome que teus lábios;
Tantas e tantas vezes sussurraram;
Cheios de alegria pura...;

Onde foste...?
Onde criaste teu ninho...?
Onde repousaste tuas asas...?
Onde guardaste meu amor...?

Jaci Paganini

28/10/07

sábado, 27 de outubro de 2007

Para um Anjo

Foto:Venha Comigo
Autor:Mel Gama

Para um Anjo

Umedecem meus olhos... Seca;
Meu coração fagmentado;
Das esperanças dos amores;
Que imperam n'alma de poeta;

Afogado em pesar pelo anjo tardio;
Que foste ele próprio minhas asas;
Quando me esqueci como se voava;
E me elevaste até tocar os céus;

Donde via minha vida mesquinha;
Meu passado revolto à própria vida;
Por não saber o que em é verdade;
Viver de mãos dadas a quem sorri;

Mas é triste, imposível crer;
Que o anjo soltou minha mão;
Quando dele eu mais precisava;
Quando mais queria seu beijo;

Deixando-me na esuridão;
Perdido em questões irresolutas;
Por que me abandonas-te...?
... Por que...?

Jací Paganini
27/10/07

Poesia Fúnebre

Foto:Love Remains
Autor:Augusto Peixoto




POESIA FÚNEBRE

Mão servil que o ventre da terra;
Cava.. .A vala além das raízes;
Ao calar da boca os dizeres;
As súplicas de ajuda que espera;

Derrama-se a terra sobre a púrpura urna;
Onde jaz o coração de poeta;
Antes morto que a própria carne;
Que dia a dia em sua melancolia se afunda;

Mas é, em verdade teu corpo caixão;
Teu quarto a tua cova;
A cantiga fúnebre a tua trova;

A ressoar na indiferença;
Dos seres que enterram tua herança;
Teu espírito transbordando de paixão.

Fernando de Souza Castro.
28/03/04

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Sobre poetas


Os poetas medíocres é que são felizes, pois o simples fato de publicarem um livro de poesias torna um homem irresistível. Eles vivem o amor que não sabem escrever.
Já os grandes poetas, esses sim, são uns pobres diabos, eles escrevem o amor que não conseguem viver.
"Oscar Wilde"

Sonhos...

Sonhos... Sonhos... Sonhos...
Feito água vertem, correm vivos;
Sem rumo... onde andam?
Senão pelo acaso dos fatos;
Dos dias frios e negros de nossa angústia;
Gravada a ferro no coração;
Que tolo insiste no querer;
Seguir o espírito das noites claras;
Materializado da terra em carne;
Feito ser da mais pura perfeição;
A quem chamamos de amor.